De pouco adiantaria o goleiro Everson, do Atlético, realizar somente um bom trabalho com os pés. Caso deixasse a desejar debaixo das traves, sua contratação, indicada pelo técnico Jorge Sampaoli, não demoraria a ser contestada. Em pouco tempo como titular no Galo, Everson já mostrou seu valor, chegando a fazer a diferença com os pés, em assistência para gol de Keno, no último jogo, contra o Grêmio. Com as mãos, ele também tem correspondido, mostrando ser um goleiro completo, como o futebol moderno exige.
Foi no Campeonato Brasileiro do ano passado que o goleiro chamou atenção na campanha do Santos, que terminou na segunda posição. O trabalho no Peixe foi a consequência de um trabalho de anos de Everson assimilando conhecimento e qualidade com os pés, função exigida para um goleiro que quer se dar bem nos dias de hoje.
"Eu fiz minha base no São Paulo, em uma época que tínhamos por lá o Rogério Ceni, uma referência neste quesito, que sempre demonstrou uma diferença com a bola nos pés. Sempre fui adepto do futsal, praticava esse esporte quando era mais novo e fazia muito a função de goleiro-linha, busquei me aventurar no ataque em algumas oportunidades também. No ano passado, pude evoluir muito na saída de jogo com os pés neste trabalho com o Sampaoli, ele me ajudou a chegar no nível que apresento hoje", comenta o jogador, em entrevista à TV Galo.
Na base e também no Ceará, quando foi comandado pelo técnico Lisca, Everson chegou a marcar gols de falta e pênalti, um caminho que ele não descarta aproveitar no Galo. "Seria um sonho, mas primeiro quero representar bem o time debaixo do gol, ajudar em tudo que for possível, considerando este futebol moderno. Mais pra frente podemos pensar em bater falta, se a oportunidade aparecer. Fui pesquisar e descobri que o clube ainda não teve nenhum goleiro que fizesse gol de bola parada", detalha.
Fotos: Bruno Cantini / Agência Galo / Atlético
