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Morre Mão-de-onça, lendário goleiro mato-grossense dos anos 70 e 80

Matéria escrita pelo leitor: Jota Jota

O Futebol Mato-Grossense em Luto! Perdemos um herói , uma Lenda.

Morreu, aos 69 anos a maior de todas as lendas que o futebol Mato-Grossense já conheceu, João Ferreira Ramos,” O Mão de Onça”. Vítima de uma parada cardíaca, o ex-goleiro do “chicote da fronteira” como ficou conhecido o Operário Várzea-Grandense, faleceu na noite desta quarta-feira, (24/05), em Cuiabá.

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Com passagens por vários clubes brasileiros, entre eles, Santos, onde começou, Curitiba, Remo, Operário de MS,etc. Em 1977, Mão de Onça chegou em solo mato-grossense. Desde então, atuou por Operário de Várzea Grande, Dom Bosco e Mixto.

No chicote da fronteira viveu a hegemonia de conquistar três vezes o campeonato estadual. Em 1979, no Dom Bosco, arranca empate do Cruzeiro em pleno Mineirão, (1×1). Teve seu nome colocado na vitrine ao lado de nomes consagrados no futebol, como Pelé, Rivelino e Garrincha. Já em 1984, ajuda o Operário a ganhar do Botafogo, do Rio de Janeiro, por 1×0. Lenda, Mão de Onça vive o seu auge dentro dos gramados, nos anos dourados do futebol, nas décadas de 70 e 80. Em entrevista para uma TV local antes mesmo de sua Morte, Mão de onça fala de sua convocação para a seleção brasileira, mais não deu muitos detalhes, apenas disse: ” fui convocado para a seleção antes mesmo do Gilmar.”

A LENDA E O ABISMO

Já no fim da carreira, Mão, como era chamado pelos amigos mais próximos, começou a frequentar lugares nada modesto e começou declínio da lenda. Depois de casar por mais de sete vezes, o vício levou o Herói Mão de Onça a perambular pelas ruas de Cuiabá e Várzea Grande, agora sem dinheiro, sem casa,  sem nada, tornou-se mendigo. Mão viu a sua vida virar de cabeça para baixo. A lenda viu-se cair no abismo, virou alcoólatra, desde 1986 quando parou de jogar profissionalmente, vivia de um canto para outro, não tinha ajuda de ninguém, nem mesmo dos familiares. O dinheiro que ganhou no tempo de glamour, não deixou Mão de Onça rico.


Depois de muito tempo nas ruas, Mão retornou ao centro de treinamento do time de coração, o Operário de Várzea Grande. Desta vez como auxiliar de serviços gerais. Não ganhava salário, o clube lhe oferecia apenas lugar para repousar, para não ficar nas ruas.

Contudo, mesmo com o trágico fim de carreira de João Ferreira Ramos. O “Mão de Onça” se eternizou na memória dos Mato-Grossenses. Virou um Herói. Tornou-se uma Lenda.

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