A lenda do futebol Diego Maradona, que morreu na quarta-feira, foi dotado de "grandeza mas não de desportivismo (respeito às regras do jogo ou "fairplay")", afirmou o ex-goleiro inglês Peter Shilton, vítima da famosa 'mão de Deus'.
Shilton lamentou que Maradona nunca tenha pedido desculpa pelo gol, o primeiro de dois que marcou naquele jogo.
Mais até do que o troféu conquistado em 1986, fica na memória de todos os amantes do futebol aquele que é considerado o maior gol da história das Copas, com Maradona a partindo do seu meio-campo, com a bola 'agarrada' ao pé esquerdo, e driblando todos os ingleses que lhe apareceram pela frente, até bater Peter Shilton.
Foi nas quartas de final, no triunfo por 2-1 sobre a Inglaterra, e aconteceu minutos depois do célebre episódio da 'mão de Deus', lance assim definido pelo próprio 'Pelusa', para justificar o gol marcado com a mão.
Numa entrevista ao jornal Daily Mail, o antigo goleiro inglês afirmou que o astro argentino foi "o maior jogador contra o qual alguma vez jogou", mas reforçou: "O que eu não gosto é que ele nunca tenha pedido desculpa".
"Em nenhum momento admitiu ter feito o que fez, ou que gostaria de pedir desculpa (...) Em vez disso, usou a sua expressão 'mão de Deus'. Não foi justo", afirmou.
"Parece que tinha grandeza, mas infelizmente não tinha desportivismo", observou.
Shilton, de 71 anos, admitiu que a sua vida "está há muito ligada à de Diego Maradona", mas não da maneira de que teria gostado.
O ex-goleiro inglês lamentou a morte de Maradona e enviou as condolências à família.