Fala aí, galera! Como prometido no post QUANDO FOI “ACEITO” O GOLEIRO E POR QUÊ RESTRINGIR SUA ÁREA DE JOGO? Foi citado o nome deste goleiro, que foi considerado também o “Primeiro Playboy da história do futebol” e prometemos que haveria um post explicando alguns dos motivos disso. E hoje trazemos essa pequena biografia a vocês. Espero que gostem!
Leigh Richmond Roose, goleiro, estudioso, animador, médico, soldado e herói. Roose foi muitas coisas para muitas pessoas ao longo dos seus 38 anos no Planeta Terra. Assassinado em 7 de outubro de 1916, durante a Batalha de Somme, este orgulhoso galês foi, naturalmente, apenas um dos milhões que pereceram entre 1914 e 1918, exceto que a história da guerra de Leigh continua da morte até o dia de hoje.
E assim, os estudos ficaram em segundo plano, enquanto Leigh começou a se tornar não só o maior goleiro de sua época, mas também um dos mais reconhecíveis rostos esportivos em todo o país. Jogou no Stoke, Everton, Sunderland, Aston Villa, Arsenal e País de Gales antes de se retirar do futebol de primeira linha em 1912, quando, recusando a tornar-se profissional, preferiu permanecer como amador ao longo de sua carreira.
Por quê? Richmond estava melhor assim, suas demandas de “despesas” excessivas e trabalho contínuo no Kings College Hospital durante os dias de semana, significava que ele nunca estava sem um centavo.
Não seria excessivo dizer que Leigh escreveu o primeiro “manual de goleiros”. Antes de sua chegada à cena, os goleiros eram tratados como pouco mais do “bucha de canhão” pelos jogadores em campo, para serem amedrontados e fisicamente intimidados. Ele foi o primeiro goleiro a usar “fogo contra fogo”, saindo da área para quebrar ataques, batendo de frente e derrubando os atacantes em disputas de bola, mesmo avançando com a bola em suas mãos até a linha intermediária sempre que surgia uma oportunidade.
Sim, você leu corretamente. Até 1912 os goleiros foram autorizados a saltar a bola “estilo de basquete” até tão longe como a linha de meio campo em um campo de futebol antes de passá-la para alguém. Poucos outros além de Leigh realmente faziam isso por medo de ser perder a posse da bola e estarem longe da segurança de sua trave. Eventualmente, a Associação de Futebol (FA), que nunca gostou do estilo de Leigh, proibiu os goleiros de permanecerem com a bola nas mãos fora da grande área.
Quando a Primeira Guerra Mundial estourou, Leigh juntou-se ao Corpo Médico do Exército Real, pretendendo curar em vez de lutar. Serviu na França e em Gallipoli antes de retornar a sua terra natal, Londres, em 1916 para unir-se à 9ª Infantaria dos Fuzileiros Reais como um soldado. No entanto, ao se inscrever, um erro parece ter sido feito, o nome em seu cartão de registro ficou escrito como “L Rouse” em vez de “L Roose”. Esse erro nunca foi corrigido.
Mas aqui continua o problema: O nome no memorial não é Leigh Roose. É Leigh Rouse, a contínua recusa da Comissão de Túmulos de Guerra da Commonwealth em mudar a ortografia de seu nome – apesar da pressão persistente da família de Leigh e muitos admiradores – representando um triste reconhecimento para a vida de um homem que fez o sacrifício final para seu país. A campanha para corrigir esse erro continua enquanto você lê isso.
Que jogadores de futebol modernos seriam comparados Leigh Roose? Bem, há um pouco de George Best, David Beckham e Peter Schmeichel, definitivamente. Imagine Paul Gascoigne com uma educação universitária – então você terá alguma ideia da força ultra-talentosa que foi Leigh Roose.
Se você quiser saber mais detalhes sobre a vida do Primeiro Grande Goleiro, você pode procurar o livro Leigh Roose: Football’s first superstar, que ainda é inédito no Brasil.
Retirado do excelente portal Football and the first World War
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