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Conheça os profissionais da base que lapidam os goleiros celestes

Atualizado: 29 de mai. de 2020

Da Toca I

Gustavo Aleixo

De todos os goleiros do atual elenco profissional cruzeirense, nada menos que três tiveram formação na base cinco estrelas. Na última década, nove arqueiros criados na Toca da Raposa I defenderam as seleções de base do Brasil. Diante de provas tão contundentes, não é exagero afirmar que, no Cruzeiro, existe uma “escola de camisas 1”.

Para revelar tantos talentos para o futebol nacional e internacional, o Maior de Minas possui nos profissionais da base seu grande trunfo. Neste contexto, a formação dos arqueiros celestes tem início através da experiência do preparador de goleiros do sub-14, Derli de Paula, que realiza um trabalho de “erro zero” no aprimoramento de cada um de seus comandados.

“Os garotos do sub-14 estão em idade de iniciação. É a categoria mais importante, já que temos uma responsabilidade na evolução dos atletas. Não podemos errar na captação e formação, porque precisamos de goleiros de alto nível nas próximas categorias”, destacou.

Léo Lopes, Cristiano Murta, Luiz Passos e Derli de Paula trabalham com os jovens arqueiros celestes (Cruzeiro/Divulgação)


“Eles têm que aprender posicionamento em bolas frontais e cruzadas, saber utilizar punhos, aprender a ter tempo de bola. Os meninos chegam ‘secos’ e começam a fazer trabalhos de elasticidade, de velocidade de reação, coordenação motora, força explosiva e equilíbrio. A estabilidade emocional também é importante, para que o goleiro reaja rapidamente, caso cometa algum erro. É um trabalho muito cauteloso e individualizado, respeitando as características de casa goleiro”, completou Derli.

No sub-15, sob os cuidados de Cristiano Murta, existe um enfoque ainda mais meticuloso na coordenação motora dos arqueiros. Junto a isso, o trabalho técnico passa a conviver com noções táticas, que envolvem uma participação mais incisiva do goleiro no campo de jogo.

“A fase sensível para aquisição da coordenação é entre sete e 11 anos. O Derli começa este trabalho para tirar esta defasagem e eu dou sequência. Sempre damos importância aos trabalhos técnicos, mas já iniciando o goleiro na parte tática”, salientou Murta.

Murta e Derli conduzem treinamento com os pés dos goleiros do sub-14 e sub-15 (Cruzeiro/Divulgação)


“O trabalho é feito em grupo, de forma integrada ao feito pelo técnico do sub-15, Lucas Batista, para que o goleiro se adapte às questões reais de jogo com os pés: movimentações, abertura de linha de passe, o domínio e as tomadas de decisões rápidas”, acrescentou.

Mais maduro, o goleiro terá nas mãos do preparador de goleiros do sub-17, Luiz Fernando Passos, um método de trabalho ainda mais voltado para as situações de jogo.

“O método global se dá em cima de situações de jogo, envolvendo a parte técnica e tática. Esta última é muito trabalhada. Se fala muito do goleiro no que diz respeito à dinâmica com os pés. Isso é importante, mas tem que ser introduzido junto à equipe para que seja feito de forma organizada. Assim, na hora do jogo, tudo aquilo que trabalhamos surtirá efeito”, abordou.

Junto a Leonardo Lopes, do sub-20, se darão as etapas derradeiras para o goleiro da base celeste. Com jogos mais intensos e uma pressão maior por resultados na categoria júnior, o preparador de goleiros destaca a alta exigência nos treinamentos para que o arqueiro suba ao time profissional com um “algo a mais” característico dos grandes camisas 1 cruzeirenses.

“No júnior, os jogos requerem mais intensidade, maturidade. O goleiro trabalha mais, precisa estar mais alerta, atento aos detalhes e maduro para jogar. Um erro bobo contra um time grande pode decretar uma derrota. Quero foco e profissionalismo”, afirma Léo Lopes, que ressalta a integração entre todos os preparadores de goleiros do Clube.

“Na base, existe uma integração muito grande entre os preparadores de goleiros. Com o Robertinho (do profissional), a mesma coisa. É um cara muito exigente e nosso trabalho vai de acordo com o que ele observa dos goleiros na Toca II.  Meu trabalho de júnior passa por isso: o goleiro subir ao profissional e suportar a carga de trabalho do Robertinho. Para o profissional, o goleiro tem que ser muito mais que bom. Tem que ser ‘milagreiro’. Por isso, a exigência é máxima”, concluiu.

Léo Lopes faz trabalho interligado com Robertinho, preparador de goleiros do elenco profissional (Cruzeiro/Divulgação)


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