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Como os goleiros do handebol protegem as partes íntimas de arremessos que chegam a 130km/h
Atualizado: 9 de jun. de 2020
Conhecidos por resistir às dores, os Goleiros de handebol jogam sem luva, mas jamais dispensam o protetor genital – também chamado de coquilha. “Uma ferramenta imprescindível” para evitar lesões nesta região, afirma Vincent Gérard, goleiro da França.
“Não preciso nem explicar muito pra dizer que é uma região onde precismos de proteção”, disse o goleiro de 29 anos, que também disse usar o protetor desde os 14, quando iniciou o esporte.
“Não existe uma idade mínima para se proteger. A coquilha é algo básico para essa posição, assim como a calça”, explica o Goleiro, que joga sua primeira Olimpíada.
Levar boladas nas partes íntimas não são frequentes durante o jogo, no entanto, com arremessos que podem chegar a até 130 km/h, é praticamente impossível ignorar essa proteção.
“Certa vez ouvi falar de um goleiro meio louco que jogava sem proteção, ele é alemão. Eu não consigo, receber uma bolada neste lugar, com a coquilha, já dói demais, nem imagino a dor sem”, brincou.
Com o preço médio de R$50, o protetor usado pelos goleiros de handebol é parecido com o que os praticantes de taekwondo utilizam e é composto por um cinto com tiras ajustáveis feito de material leve (normalmente algodão, poliéster ou neoprene), que garante a segurança de uma coquilha imóvel.
O goleiro ainda explicou que “alguns modelos vêm com buracos, de aeração, para aumentar a leveza e o conforto”, detalha Gérard.
Algumas marcas têm modelos um pouco mais caros, embutidos em shorts de compressão, como os de ciclista. Para evitar algum esquecimento, o goleiro francês sempre leva consigo uma coquilha reserva. É como diz o ditado: “melhor prevenir do que remediar.”