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Burki, o goleiro que “rouba” a bola dos árbitros antes do jogo

Atualizado: 20 de mai. de 2020

Entrar no campo com o pé direito, fazer o sinal da cruz ou beijar a bola antes de um pênalti. Seja por fé ou mania, as superstições são parte da rotina dos jogadores de futebol. Mas o goleiro Roman Bürki, do Borussia Dortmund e da seleção suíça, vai muito além em seus hábitos excêntricos.

O mais famoso deles é sempre tocar na bola antes do apito inicial de cada partida. Isso foi retratado em um vídeo da TV oficial da Bundesliga e viralizou pelo mundo.

“Ele é um cara extremamente supersticioso e já fazia aquela mania dele ali no meio de campo de encostar na bola antes do jogo. No vestiário, queria que as coisas dele ficassem sempre do mesmo jeito. Se alguém mexia, ele já sentia falta”, disse o zagueiro Willian Rocha, que atuou com o arqueiro no Grasshopper-SUI, por vídeo, ao ESPN.com.br.

Mas, afinal, por que Burki sempre precisa checar a bola antes de cada partida?

“Ele falava que a luva dele precisava conhecer a bola que iria usar no jogo. Precisava saber como ia ser o encaixe com a mão dele. Ele pegava a bola e ficava batendo, quicando. E não servia aquelas que você usa nos treinos antes dos jogos”, contou.

E para isso, o goleiro não mede esforços. Ele não tem a menor vergonha tomar a bola da mão de juízes, gandulas, companheiros de equipe ou até mesmo de adversários. Como não é o capitão do Dortmund, ele sempre aparece como penetra no círculo central e dá um jeito de pegar a esfera.

“Lá na Suíça ele já tinha essa mania de encostar na bola primeiro. Curioso que agora o mundo todo conheceu essa superstição dele por estar em um grande clube. Tomei até um susto (risos). É um goleiro fenomenal, um dos melhores que já trabalhei na carreira”, elogiou.


CARREIRA

Seja apenas por seu talento ou com ajuda das superstições, a carreira de Burki cresceu rapidamente. Após começar na base do FC Münsingen-SUI, ele se profissionalizou no Young Boys-SUI. Em 2009, foi para o FC Thun e passou pelo Schaffhausen antes de chegar ao Grasshopper Club Zürich.

Começou como goleiro reserva, mas logo ganhou a posição de titular.

“Dentro de campo, me impressionava a rapidez com que ele decidia as jogadas. Acho que é o mais rápido que joguei na minha vida. Não é tão alto, mas a tomada de decisão dele é fantástica. Ele é muito corajoso e arrojado”, contou Willian Rocha.

Em 2014, o arqueiro se transferiu para o Freiburg, da Alemanha, mas não evitou o rebaixamento da equipe para a segunda divisão da Bundesliga. Mesmo assim, recebeu uma oferta de quatro anos de contrato pelo Borussia Dortmund.

No clube aurinegro, foi promovido ao time titular pelo treinador Thomas Tuchel no lugar do ídolo Roman Weidenfeller, que virou reserva. Desde então, manteve esta condição.

Pela Suíça, integrou o elenco na Copa do Mundo, mas fez sua estreia apenas em partida amistosa contra a Polônia, em novembro de 2014.

Hoje é o segundo goleiro da seleção suíça (é reserva de Ian Sommer), adversária da estreia do Brasil no Mundial da Rússia. Então, caso Bürki acabe escalado, não se espante se ele for o primeiro jogador a tocar na bola da partida.

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