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A Qualidade no tiro de meta de Ederson Moraes

Atualizado: 20 de mai. de 2020

Quem acompanha Pep Guardiola e suas ideias desde Barcelona entende a importância que seus goleiros têm no processo de construção do jogo, como por exemplo os eficientes goleiros com precisão no passe, como  Victor Valdés (Barcelona), Manuel Neuer (Bayern Munique) e a jovem revelação Ederson (Manchester City). Guardiola gosta de deixar bem claro que uma boa construção de jogo é o alicerce para se criar chances de gol, além de ressaltar que o famoso “chutão” para frente, sem precisão alguma, não lhe traz nenhuma solução: “E quando você dá o chutão para frente, nós até podemos ganhar as bolas,  mas eu tenho experiências táticas de que quando mais rápido as bolas vão para frente mais rápido elas voltam”, disse o treinador. Em entrevista, o recém chegado comandante da equipe inglesa comenta a importância do goleiro em seu modelo de jogo como podemos. Veja:


Em seu primeiro ano de City, Guardiola apostou todas suas fichas em Claudio Bravo, experiente goleiros chileno. Vindo de Barcelona, o arqueiro pareceu não se adaptar ao estilo do futebol Inglês, tendo atuações abaixo do esperado e recebendo críticas de todos os lados. Para minimizar as críticas ao time, Guardiola foi em busca de um goleiro que atendesse suas necessidades e que se encaixasse no estilo de jogo que eles tem como ideal, tratou de mexer seus pauzinhos para trazer o jovem goleiro do Benfica, Ederson Moraes, brasileiro com passagem pelas categorias de base do São Paulo Futebol Clube, mas que teve toda sua formação como atleta lapidada no Benfica, com Hugo Oliveira como seu mentor.

Quando se fala de alto nível, só defender não basta. É preciso mais do que isso. É necessário defender bem a baliza, gerenciar os espaços atrás da zaga, comandar um time todo de trás e, ainda, manter a calma. Tudo isso parece tarefa fácil, mas poucos atletas conseguem executar sem problemas. Ederson, por sua vez, tirou de letra. A fácil adaptação ao jogo inglês deixou ainda mais claro que sua contratação teve um motivo além do convencional: contribuir para a construção do jogo.

Os adversários que enfrentam o City de Guardiola já sabem que o treinador gosta de ver sua equipe saindo de forma limpa e consistente em um tiro de meta, sem rifar a bola. Aliás, dessa forma Ederson busca aprimorar as mais diversas opções de passe. É exatamente por isso que os adversários têm adiantado a marcação, para que essa saída aconteça e que de alguma forma eles consigam criar uma situação de pressão para Ederson. Eis, então, que surge o talento do Brasileiro, que consegue se livrar das condições mais difíceis usando o raciocínio rápido e todos os recursos que um goleiro pode (e deve) ter. Guardiola aproveita dessa qualidade de seu goleiro e inteligentemente posiciona sua equipe para esse tipo de lance. Os meias bem abertos dando amplitude e os atacantes em zonas que seriam de impedimento em lances normais de uma partida, porém inexistentes em tiros de metas (profundidade). Mesmo não ganhando a primeira bola, a busca pela segunda fica numa zona perigosa para o oponente, tendo em vista a profundidade que bola atinge.


Ederson tem elevado o jogo dos goleiros a outro nível, como faz Manuel Neuer.

Seriam, então, eles os novos exemplos de goleiros a serem seguidos? Mais completos e adaptáveis às variantes de um jogo que vem evoluindo temporada após temporada. E quem será o próximo a chegar a essas mesmas qualidades?

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