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  • Caio

A estética na preparação de goleiros

Atualizado: 21 de mai. de 2020

O que vem à sua mente quando falamos sobre metodologias aplicadas na preparação de goleiros? As respostas, normalmente, giram em torno de atividades analíticas, globais e mini jogos, uma mescla para ser mais exato, dentre outros métodos, certo?

Mas na verdade ambas caminham juntas na preparação de goleiros de uma forma geral. Podemos também entrar no contexto individual, trabalhando a necessidade de cada atleta, com a dinâmica e a filosofia de cada um deles.

Seguindo essa linha de “busca por “likes”, ou se destacar mais rápido web, alguns profissionais têm passado dos limites ou confundindo o que realmente importa com aquilo que agrada os olhos de quem vê”.

Certa vez escutei de um grande formador de goleiros que “antes de criticar um trabalho deve se entender o porque o mesmo está sendo realizado”. Exemplo: atualmente os treinamentos são voltado para o jogo e a tendência é trabalharmos exercícios curtos com a máxima intensidade possível. Porém, se o objetivo do preparador é baixar o peso do seu atleta nada o impede de fugir dessa realidade, tendo como meta a perda de peso e o trabalho de resistência. Esse é apenas um exemplo dentro de uma grande variável de situações que podemos encontrar na web. Alguns países pelo mundo, onde a tecnologia é mais avançada dentro do treinamento de goleiros, preparadores estimulam seus goleiros usando aparatos que fogem da realidade de jogo. No entanto, sabemos que há um propósito para se estar fazendo e fica evidente nos vídeos.

Exemplo disso é o TSG Hoffenhaim(Alemanha), onde se utilizam o “footbonaut”, uma máquina que chuta contra o atleta e o mesmo tem de usar a percepção e a velocidade de reação sem contar com aspecto técnico para repor a bola com precisão no quadrado indicado.


Outro aparelho muito usado é o FitLigth, que estimula também a percepção e a velocidade de reação dos atletas. Abaixo o preparador de goleiros Leandro Idalino, do Corinthians, utiliza em suas sessões específicas:

E, pra finalizar, Peter Cech realiza estímulos que visam uma melhora na coordenação óculo-manual do atleta, com bolinhas de ping pong sendo atiradas em sua direção:


Adeptos da periodização tática tendem a discordar de tais métodos adotados, porém é um tema que podemos adotar em outra oportunidade.

Acima foram mostrados exercícios que muitas vezes saem do contexto do futebol, mas que têm objetivos claros que podem ajudar os goleiros a melhorarem suas performances durante os jogos. Já outras foram integradas de modo que agregam bastante à dinâmica do treinamento, aumentando,  assim, o nível do mesmo.

O quê se confunde bastante com radicalização da estética é a perda de realidade do contexto geral e tendo como único objetivo os “likes”.

Goleiros andando de bicicleta, de cabeça para baixo, saltando de vagões ou próximos ao fogo ou até mesmo saltando para mergulhos na água suja fogem totalmente da realidade e não conseguimos achar um objetivo real para tais exercícios.


A ideia neste post não é dizer o que é certo ou errado, mas simplesmente colocar a opinião com intuito de criar um debate saudável sobre como melhor usar a web para divulgação dos nossos métodos de treinamentos utilizados diariamente.

Espero que tenha gostado da leitura.

Fico à espera da opinião dos colegas de profissão e goleiros.

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