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Quando se trata de goleiro, é necessário falar de Buffon


Polêmico, egocêntrico, fanfarrão, capaz de usar embaixo do uniforme oficial uma camiseta com o “S” do super-homem,Gianluigi Buffon Masocco é, para uma boa parte dos espectadores e jornalistas, o melhor goleiro do mundo. Assim entendeu a Federação Internacional de História do Futebol (IFFHS), que através de um seleto jurado escolheu Gianluigi como o Nº 1 dos Nº 1. Assim também entenderam os diretores do Juventus, que em 2001 pagaram ao Parma 54 milhões de euros para contar com seus serviços, sendo a cifra mais alta e nunca antes paga por um goleiro, e que até 2011, quase 10 anos depois, se manteve como a 7ª transferência mais cara da história do futebol, atrás de Cristiano Ronaldo, Zidane, Ibrahimovic, Kaká, Figo e Crespo, entre outros.

De qualquer forma, tratam-se de artilheiros ou figuras desequilibrantes na ofensiva, o ramo no qual costumam investir os que tomam as decisões nos times poderosos. Pelos “salva-gols” ninguém paga tanto. Super-gigi é a exceção.


Nasceu no dia 28 de janeiro de 1978 em Carrara, Toscana, e iniciou sua carreira no Perticata como meio-campo, apesar de ter sido empurrado até chegar ao gol. No início, gostou da roupa dos que defendiam os gols. “Os goleiro usavam luvas, usavam roupas mais chamativas, voavam de lado a lado”, admitiu, sem ocultar sua inclinação fashion. Depois, aconteceu que um dia os dois goleiros do time juvenil se contundiram e sobrou para o garotinho de 13 anos, que já mostrava sua altura (hoje mede 1,91), substituí-los. E por último, o sobrenome também jogou sua partida: Lorenzo Buffon foi um grande goleiro do Inter, do Milan e da Nazionale dos anos 50 e 60. “Quando ficaram sabendo como eu me chamava, me viram como um predestinado, porque todos conheciam o Lorenzo, as comparações eram permanentes e muitos pensavam que era seu recomendado”, destacou em relação ao primo de seu avô.


Sua estreia em primeira foi marcada pela precocidade num futebol que não se caracteriza por dar lugar aos jovens. Tinha 17 anos quando teve que enfrentar o Milan em campo visitante. Estava tão nervoso que se esqueceu de tirar a foto com o time. O jogo terminou 0-0 e Gigi foi a grande figura do Parma e da partida. Voador como nenhum outro, dono de uma personalidade brilhante, tem facilidade para jogar com os pés e é difícil encontrar nele um ponto fraco. Joga com mangas curtas porque gosta de sentir os braços livres e uma de suas especialidades é defender pênaltis. Apesar de na Copa do Mundo de 2006 não ter podido defender nenhum pênalti na final contra a França, consagrou-se campeão com uma estatística impressionante: levou apenas 2 gols nos 7 jogos (sendo um de pênalti e um contra), manteve a baliza invicta durante 470 minutos e recebeu o prêmio Lev Yashin da FIFA como o melhor goleiro da Copa.

Com tradição familiar no esporte sua mãe (Maria Stella) foi campeã italiana em lançamento de martelo e de disco, seu pai (Adriano) também se dedicou a esta especialidade e as irmãs Guendalina e Verónica fizeram parte da seleção de vôlei.


Colecionador de figurinhas desde garoto, aos 18 anos disse não ao serviço militar e optou por colaborar um ano num centro de recuperação para dependentes de drogas. Sua faceta mais polêmica tem a ver com sua suposta simpatia pelo fascismo. Quando no Parma utilizou o número 88, a comunidade judaica explodiu de ira, alegando que o 8 representava a letra “H” e o número, portanto significa “Hiel Hitler”. Buffon negou, mesmo assim, de vez em quando, grupos de anarquistas fazem manifestações de repúdio em sua casa. Apesar disso, a maioria dos torcedores o adora por sua simpatia. Ele tem dois filhos. Ao mais velho deu o nome de Louis Thomas, em homenagem a seu ídolo da infância, Thomas N’kono, o goleiro de Camarões das Copas do Mundo de 1982, 1990 e 1994.


“É a posição mais ingrata, com uma pressão psicológica enorme”, define hoje seu papel de goleiro. É um pouco tarde, claro. Porém, sucesso não lhe falta.

167 – são os jogos internacionais que completou com sua Seleção, no dia 14 de novembro de 2009 ( 0-0 contra a Holanda ). Está em primeiro lugar no registro histórico de seu país, à frente de Fabio Cannavaro ( 131 ), Paolo Maldini ( 126 ), e Dino Zoff ( 112 ).

1º – foi escolhido 4 vezes como o melhor goleiro do mundo pela IFFHS: 2003, 2004, 2006 e 2007.

5 – é a participação em Copas do Mundo que teve. Na França em 98 fez parte da equipe, mas não entrou em nenhum jogo em 2002 e 2006, por uma lesão, jogou pouco na Copa de 2010 e voltou na de 2014, no Brasil.

Em 2013, Buffon também foi eleito o Melhor goleiro dos últimos 25 anos, segundo à IFFHS.


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