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O Treinamento de Goleiro – Douglas Neso

Atualizado: 20 de mai. de 2020

É um processo que demanda de um planejamento distinto quando comparamos os demais atletas que compõe o jogo. De fato, o goleiro é um atleta de diferentes características em relação à sua maneira de atuar, bem como em relação às suas características físicas. Face a este entendimento, precisamos exaltar o fato de que o goleiro vem adquirindo ao longo dos anos, exigências que outrora não eram vigorosamente exploradas como vem sendo nos dias de hoje. Um bom exemplo desta evolução se dá pela maneira como estão condicionados (não fisicamente falando) ao jogo os atletas Alisson e Ederson.

Ederson, por compor uma equipe que preconiza a manutenção da posse da bola como ponto chave para a construção ofensiva, acaba se destacando pelo seu bom condicionamento para com este método de jogo, o que exige dele, alta gama de repertório técnico e motor, além de altíssimo entendimento tático, fazendo com que ele venha a se sobrepor sobre as exigências que o modelo de jogo implica sobre a sua atuação. 

Do mesmo modo, Alisson também ganha destaque pela alta demanda cognitiva e técnica, uma vez que, tem por característica atuar com segurança não só em gestos defensivos, mas também, com gestos de construção ofensiva, encontrando passes sob alta pressão e posto em uma situação de tomada de decisão de baixa estratégia de processamento da decisão, o que é característico de atletas que “jogam na linha”.

Isso nos leva a não deixar de lado o entendimento que o processo de treinamento do goleiro de futebol deva contemplar aquilo que será dele exigido no jogo; aquilo que o modelo de jogo onde este está inserido exigirá para este atleta, e pensando em processo de formação, além de capacitar o atleta para a atuação consistente em organização ofensiva e defensiva em relação a sua parte comportamental e posicional do jogo, por mais que o modelo de jogo não utilize o goleiro neste aspecto, se torna necessário que tenhamos a capacidade de desenvolver este atleta a atuar com êxito quando assim for exigido.

Por isso vale lembrar que devemos – não sempre porém não raro – elaborar treinamentos onde subprincípios da tomada de decisão, e a decisão propriamente dita sejam a base para a prescrição dos exercícios, o que nos direciona a uma outra forma de pensamento sobre o treinamento, que permite que o nosso crescimento como treinadores, com o objetivo de formar, e formar sob o entendimento de evoluir, de crescer, de um processo contínuo de evolução, para que não venhamos a ficar aprisionados naquilo que já sabíamos.


Nem nós, nem nossos atletas!

Página do preparador Douglas Neso

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