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Grêmio monta ‘manual de goleiros’ para a base

Atualizado: 19 de mai. de 2020

O sucesso de Marcelo Grohe na meta do Grêmio, com 400 jogos completos na última terça, na classificação sobre o Estudiantes, pela Libertadores, inspira o clube gaúcho a padronizar a formação de goleiros na base. Está em andamento a redação de um manual para o trabalho metodológico com os jogadores da posição nas categorias de base. A partir de então, será criada na prática a “escola de goleiros” do Tricolor.

Quem encabeça a iniciativa é Mateus Fammer, preparador de goleiros da categoria sub-17 do Grêmio e da seleção brasileira. Junto com Everson Ricardo Pereira, ex-companheiro de base gremista e atualmente no Henan Jianye, da China, pediu permissão para o coordenador das categorias de base, Francesco Barletta, para montar um manual de treinos para ser seguido no clube, independente dos profissionais no cargo.

Fammer estipula o que deve ser trabalhado em cada categoria, tipo de treinamentos e objetivos. Além das qualidades a serem buscadas nos goleiros frutos de prospecção no mercado. Recentemente, o clube contratou o jovem Guilherme Boer, de 19 anos, destaque do Fluminense, para a equipe sub-20.

– Começamos a escrever a metodologia do treinamento do goleiro no Grêmio, desta forma conseguimos organizar as etapas, um treinamento em uma sequência pedagógica. Contribui assim para a melhor formação. Junto, temos o setor de captação, que faz essa busca por um perfil que a gente possa dizer, que pode melhor ser aproveitado no clube. É multisetorial – explica Fammer ao GloboEsporte.com.

O Tricolor já tem uma cartilha semelhante para a metodologia a ser implementada no trabalho com atletas de linha. E Grohe, no clube desde 2000 e com uma trajetória vitoriosa, surge como o grande espelho e modelo a ser seguido pelos mais jovens.

– Questão da qualidade técnica dos fundamentos do goleiro, procuramos um goleiro que tenha bom jogo com os pés, que seja um goleiro tranquilo, mas competitivo e que tenha um biotipo, uma estatura apropriada dentro do mercado. O grande exemplo nosso é o Marcelo, essas características todas estão no Marcelo. Um perfil de goleiro que é representativo. Goleiro tem que ser representativo, que passa segurança, uma postura boa – comenta Barletta.

A ideia é padronizar as evoluções para os jovens. Até os 16 anos, a ênfase deve ser dada a questões de repertório motor. Nas primeiras fases do jogador, é preciso dar atenção para a parte técnica. Só a partir da categoria juvenil a parte física passará a ser mais trabalhada.

– Quanto menor a categoria, maior é a ênfase técnica. A gente dá maior ao ensinamento do repertório motor. Coordenação, velocidade, agilidade, técnica. Os recursos técnicos. Maior a idade, mais vai dando ênfase à parte física do atleta. Porque já agregou toda uma carga tática e técnica. Nos processos finais, a questão física tem que ser muito clara. Tanto muscular quanto nas ações que vai realizar – completa Fammer.

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