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Futsal em foco: Voa Goleiro entrevista a goleira multicampeã do Futsal Brasileiro

Sabemos das dificuldades enfrentadas pelo futebol feminino e muito se fala sobre o futebol feminino de campo, mas é importante mostrar para as um pouco do Futsal feminino brasileiro, repleto de talentos e que é peça fundamental na formação de jogadoras para nossos gramados.

Possivelmente 90% das jogadoras de campo iniciaram seus primeiros passos, chutes e dribles dentro de uma quadra de futsal, seja na escola ou no bairro onde moram ou moravam. E apesar dos títulos que o futsal feminino possui além do grande número de atletas figurando entre as melhores do mundo, a modalidade passa por dificuldades.

O papo do Voa Goleiro de hoje é com a goleira “Giga” Patrícia Moraes, atleta do Unochapecó/Aurora/Nilo Tozzo/Female e da Seleção Brasileira, mais uma vez na lista das melhores goleiras de futsal do mundo 2016. Giga é multi-campeã de futsal, Hexa campeã da Liga Nacional, Penta Campeã da Taça Brasil, Hexa campeã mundial com a Seleção Brasileira, goleira menos vazada do Mundial 2015 e recordista mundial com 281 minutos sem tomar gol. E olha que estes são apenas alguns dos muitos títulos por equipe e individuais em sua carreira.

Entrevistamos a goleira para saber um pouco sobre seu início na modalidade, apoio da família, como é estar entre as melhores do mundo, entre outras coisas.


VG – Como foi seu início no Futsal? 

Giga – Inicio foi na escola com 7 anos nas aulas de Ed. Física e na cidade de Astorga-PR, onde nasci. Morava na frente do ginásio de esportes da cidade então desde muito nova vivia “atrás de bola” e ai foi fácil pegar gosto, mas campeonatos comecei também na escola com 14 anos, e profissionalmente seguindo uma rotina de treinos e vivendo do futsal foi no ano de 2006 quando fui para cidade de Itajaí-Sc onde fiquei por 2 anos.

VG – A pergunta é “clichê”, mas como foi o apoio da sua família quando decidiu jogar futsal?

Giga – Apoio sempre tive, meu avô sempre me incentivou demais, e meus pais também nunca foram contra eu jogar futsal, e são meus maiores fãs, me acompanham de perto quando podem vir para Chapecó e quando não conseguem estar no ginásio acompanham todos os jogos pela internet.

VG – Como você se sente estando entre as melhores?

Giga – Pra mim é um privilégio estar entre as melhores na minha posição, sensação de satisfação e de trabalho reconhecido.

VG – Como você descreveria a sua caminhada desde o começo até os dias de hoje?

Giga – As palavras que definem minha carreira esportiva são persistência e trabalho, eu aprendi gostar de treinar, sempre quero melhorar nunca me dei por satisfeita, cada vez que entro em quadra tanto pra treina quanto pra jogar dou tudo de mim, assim defino minha caminhada, com trabalho duro diariamente.

VG – Pra você, qual a maior dificuldade de uma goleira de futsal no processo de formação até chegar a uma equipe e Seleção?


Giga – Alguém pra trabalhar com a posição, o treinador de goleiros praticamente não existe no futsal feminino, é sempre alguém improvisado que acaba dando os treinos, o treinador especifico é tão importante quanto o preparador físico e o treinador em uma equipe.

VG – O que falta ao Futsal Feminino Brasileiro para que exista mais apoio, marketing e investimento real na modalidade?

Giga – Falta organização das entidades que comandam o futsal, falta quem comanda fazer coisas pela modalidade e não por interesse próprio, e o principal falta mídia, pois é ela que traz retorno financeiro.

Gostaria de parabeniza-los pelo trabalho de vocês, e agradecer o espaço e divulgação da nossa posição e pelo espaço que estão dando ao futsal feminino muito obrigado em nome da modalidade.

O Voa Goleiro lhe agradece pela oportunidade de falar um pouco do futsal feminino brasileiro e mostrar também ao público as dificuldades encontradas também por vocês nas quadras. Estaremos sempre à disposição!

Esperamos que o Futsal Feminino brasileiro receba o tratamento e respeito que merece afinal já demonstrou com raça e muitas conquistas que é um produto maravilhoso, porém é desprezado por uma cultura machista em um país que pouco faz pelos esportes femininos.

Brasileiro ama esporte, acompanha tudo que passa na TV, é necessário apenas uma gestão adequada da modalidade utilizando todas as ferramentas disponíveis na administração e marketing esportivo e que são esquecidas quando o assunto é mulher e esporte.

Nós do Voa Goleiro estaremos sempre lutando pelo reconhecimento!

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