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Alisson Becker o “Homem de Gelo”

Atualizado: 20 de mai. de 2020

Muito se diz sobre Alisson nas redes sociais, o brasileiro de Novo Hamburgo, descoberto nas categorias de base do Internacional. Sim, o mesmo clube que revelou o ídolo brasileiro Taffarel, saiu do anonimato para estrear na Copa do Mundo 2018 como um dos principais Goleiros da competição.


Ser frio e calculista, como todo Goleiro deve ser, lhe rendeu o apelido de “Homem de Gelo” dado por seu Preparador de Goleiros Daniel Pavan, nos tempos de categoria de base do Internacional. Sobre Alisson, Pavan comenta:  “ele sempre chamou atenção pela personalidade forte. Quando chegou ao profissional, eu dizia que ele era novo, falava que tinha muito que aprender ainda, e ele sempre dizia que iria jogar muito cedo, que não iria ficar esperando muito tempo. Inclusive, com 21 anos, já foi capitão do time do Inter. No último ano, era o capitão e levantou a taça. Dai você vê o grau de frieza”, recorda Daniel Pavan em entrevista cedida ao portal www.terra.com.br.


Apesar de ter uma maturação psicológica precoce, o mesmo pareceu não acontecer com a parte física, o que gerou questionamento aos pais de Alisson nesse período. Mais uma vez Daniel Pavan explicou com inteligência o que acontecia com o jovem goleiro:


“Quando ele tinha 13 anos, a gente já enxergava essa qualidade técnica dele, que era diferenciada. Mas fisicamente não era menino maturado, era mais baixinho que os outros e muitas vezes, por causa disso, os treinadores acabavam tirando-o de alguns jogos. Nesse momento, os pais dele queriam tirá-lo do futebol. E falaram isso para mim um dia, porque ele estava na reserva. E eu que tive de convencê-los de que não tinha que fazer assim. Expliquei a eles que ele ia evoluir, crescer bastante”, conta Pavan, com orgulho.


Jovem, com poder físico, técnico e psicológico alto é tudo que um grande clube europeu busca na maioria das vezes por aqui. E não deu outra, o jovem goleiro acertou sua saída para AS Roma onde acreditamos que o tempo no banco de reservas foi somente até entender o lado tático do jogo e como os goleiros atuam por lá, teve ainda o revezamento com o Goleiro polonês Szczesny, que hoje assumiu a titularidade da “la vecchia signora”Juventus.


Parte Tática

O Brasil ainda fica atrás quando o assunto é a parte tática do goleiro, por questões culturais, e muitas vezes falta de informação por parte do corpo técnico, o Goleiro acaba ficando de fora da maior parte do jogo, sendo lembrado apenas quando se deve proteger o gol, algo que corresponde no máximo 10% das ações de um Goleiro mais participativo dentro de um modelo de jogo que tenha seu Goleiro inserido.


Antes que profissionais da área específica de Preparação de Goleiros nos critiquem, quando dizemos que “falta informação por parte do corpo técnico” o mesmo não quer dizer que são os Preparadores de Goleiros esses profissionais, pelo contrário, vejo nossa classe buscando informações. Haja visto cursos específicos feitos pela CBF e Associações, bem como aceitação de profissionais renomados em partilhar ideias de trabalho no dia a dia.

Voltando ao goleiro Alisson, o nosso comentário em cima de sua atuação no jogo contra Croácia foi exatamente isso, sobre essa evolução do goleiro na questão tática, do gerenciamento da última linha defensiva, e o seu jogo com os pés.


 Deixando a nação mais tranquila num aspecto tão importante e ainda pouco treinável por aqui. No mais a Copa do Mundo 2018 está aí e de agora em diante cabe a todos nós torcer e mandar boas vibrações para que mais um título venha para nosso querido e sofrido Brasil.

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